domingo, 9 de outubro de 2011

Entenda a Fascite Plantar

Entenda a Fascite Plantar ...

fascite plantar, a dor geralmente é sentida na planta do pé (sola do pé) e se estende para os artelhos (dedos do pé). Esta dor tem maior destaque com os primeiros passos do dia. Outro sintoma é a dificuldade em realizar a dorsi-flexão (levantar a ponta dos pés ). Um sintoma geralmente reconhecido entre os portadores da fascite plantar é a maior probabilidade em referir dores no joelho, especialmente entre os corredores, pela alteração da pisada no chão, modificando a biomecânica na excussão do movimento.





  A fáscia plantar é uma faixa fibrosa de tecido conjuntivo que se localiza na parte inferior do pé (sola) e circula entre o osso do calcanhar e os dedos do pé, se estendendo a cada passo. A inflamação se desenvolve quando ocorrem alterações nesse tecido conjuntivo.











A queixa mais comum é a queimação, fincada ou a dor no calcanhar. A dor matinal torna-se evidente devido a condição que a faixa fibrosa se encontra durante a noite, ela se contrai enquanto dormimos, proporcionando um alivio da dor. No entanto, ao levantar-se da cama e ao primeiro contato com o chão, uma pressão sobre essa faixa fibrosa, torna-se tensa e a dor é particularmente intensa. A dor geralmente diminui à medida que os tecidos se aquecem, mas pode facilmente voltar após longos períodos em pé ou com peso, atividade física ou permanecer longos períodos sentado. O estresse pode também resultar de uma lesão, uma contusão ao caminhar, correr em superfícies duras, ou o uso de sapatos que faltam apoio adequado, especialmente na área do arco plantar ou mal adaptado as necessidades do pé, o excesso de peso e pela irritação crônica que muitas vezes acompanha um estilo de vida do esportista. Atletas praticantes de vôlei, basquete e atletismo são os mais acometidos por esta lesão.
Tanto atletas amadores como profissionais estão em maior risco, principalmente aqueles praticantes de modalidades que exijam a corrida e o salto. Os mais jovens estão se desenvolvendo no esporte em uma idade cada vez precoce, tornado-se alvo desta condição de dor da fascite plantar.
Outra causa comum é a artrite, certos casos de artrite podem desenvolver inflamação na faixa fibrosa e desenvolver a fascite, muito comum em idosos. A Diabetes também pode contribuir para dores em Calcanhar e danos a fáscia plantar.

Tratamento


O tratamento pode incluir;

Fisioterapia

Osteopatia

Podoposturologia

Crochetagem miofascial (técnica manipulativa usada com o objetivo de rompimento de pontos de fibrose)

Órteses para o alivio da dor e conforto do calçado (palmilha de silicone)
Dentre outras técnicas.

É recomendado que o paciente realize massagens com gelo (crioterapia), exercícios de alongamento e sobre tudo procure um profissional capacitado e especializado para receber o suporte necessário.
Na maioria dos casos, a fascite plantar não requer cirurgia ou procedimentos invasivos para conter o quadro doloroso. Mas se necessário for deve ser indicado por médico especialista. Os tratamentos conservadores são geralmente bem sucedidos. Entretanto o corpo de cada pessoa responde ao tratamento de forma diferente e os períodos de recuperação podem variar.

Síndrome do Trato IlioTibial - (Joelho do Corredor)

Síndrome do Trato IlioTibial - (Joelho do Corredor)

Muitos pensam que por praticar esportes o atleta adquire um corpo forte e por isso possui uma melhor prevenção a lesões, pelo contrário, ele suporta diariamente pressões físicas, orgânicas e emocionais. Pois usa seu corpo como instrumento primário de ação e o expõe constantemente ao esforço extremo de impactos, força excessiva e traumas. E também razões como o estresse emocional, nutrição e outros fatores o credita a constantes lesões. Neste post estaremos falando da síndrome do trato íliotibial (ST IT), descrita por alguns autores de "joelho do corredor". Por se tratar de uma lesão muito comum aos praticantes de corrida de média e longa distância. A síndrome da banda iliotibial também é encontrada em esportes como o ciclismo ou esportes que exigem movimentos repetitivos de flexão e extensão do joelho.

Esta lesão envolve uma inflamação e degeneração da faixa de tecido conectivo da parte lateral da coxa, que se estende desde a crista ilíca no quadril até a outra saliência óssea palpável, na tuberosidade lateral da tíbia,(tubérculo de Gerdy).

Isso acontece pelo atrito que existe entre o trato iliotibial (fascia localizada na região lateral do joelho) com a região lateral do fêmur. Esse atrito gera um processo infamatório e, conseqüentemente, dor na região. Cada passo dado durante a corrida leva a uma pequena flexão e extensão do joelho. Portanto, a cada movimento a banda iliotibial atinge a região lateral do fêmur.






A dor começa a se manifestar durante o treino e torna-se presente, ao longo do tempo, nas atividades diárias, como subir e descer escadas. Se não for tratada, pode levar os atletas a parar a atividade esportiva.
Exames de imagem com Ultra som e Ressonância magnética podem contribuir para o diagnóstico, mas não são inprescindíveis para o início do tratamento.
A síndrome da banda iliotibial pode se manifestar após a mudança do treinamento, com o uso de um calçado inadequado e ou simplesmente com o fato de correr em solos irregulares. Esses fatores quando associados ao encurtamento da banda iliotibial, desalinhamento do joelho, rotação da tíbia (osso da perna) ou alterações no tipo de pisada podem levar a processos inflamatórios e conseqüente afastamento do esporte.

Como prevenir:


Essas lesões podem ser prevenidas com alongamentos da região lateral da coxa e dos glúteos. Para isso, é necessário fazer esse tipo de alongamento.

Sintomas e diagnósticos.
- Dor que usualmente se inicia após o atleta correr certas distâncias e que então aumenta, tornando impossível continuar.
- Após repousar por um momento, a dor desaparece, mas retorna se o atleta volta a correr. Os sintomas geralmente aumentam quando se corre em descidas.
- Aumento da sensibilidade local na parte lateral da articulação do joelho sobre o epicôndilo femural e anterior à origem do ligamento colateral lateral.
- Na flexão e extensão da articulação do joelho, a forte fáscia lateral, assim chamada fáscia iliotibial, desliza através do lado lateral do epicôndilo do fêmur, causando inflamação local (sinovite/bursite).
- Sinais de pronação aumentada dos pés.
O tratamento dessas lesões consiste em fisioterapia. Na fase aguda, terá a função de promover a analgesia e a diminuição da inflamação, podendo ou não ser associada ao uso de medicamentos de acordo com a prescrição do ortopedista. Quando diminuir a dor, ocorre a diminuição do atrito na banda ilitibial por meio de alongamento e estabilização da articulação.

O atleta deve:

- evitar correr em descidas ou nas laterais de estradas.
- aplicar gelo na fase aguda por 20 minutos.
- diminuir a carga de treino, diminuindo o percurso percorrido.
- aplicar calor no local e mantê-lo aquecido após a fase aguda;
- praticar alongamento estático dos tecidos na parte lateral da coxa.

Escoliose

Escoliose
 A escoliose é um termo usado para descrever uma curvatura anormal da coluna, mas não é em si uma doença ou diagnóstico, a curvatura por escoliose pode desenvolver-se como uma única curva (em forma da letra C) ou em duas curvas (em forma da letra S).

A escoliose geralmente se desenvolve na parte superior da coluna ( cervicotorácicas), na parte média das costas (coluna torácica), na região de transição da coluna torácica e coluna lombar (região tóroco-lombar) e na região inferior da coluna lombar e lombossacrais.

Podendo ser causada por problemas congênitos, de desenvolvimento e degenerativos, mas a maioria dos casos da escoliose não tem uma causa conhecida, chamada de escoliose idiopática. Embora existam muitas formas de escoliose, podemos destacar quatro;

Escoliose congênita; é uma forma relativamente rara de malformação da coluna vertebral. Desenvolvida ainda na primeira fase da infância.

Escoliose Neuromuscular; isto ocorre quando a coluna vertebral curva para o lado devido a fraqueza muscular, déficit neurológico. Indivíduos que não possuem marcha (cadeirantes) devido a alguma doença neuromuscular (Distrofia muscular ou paralisia cerebral). Também podendo ser chamada de escoliose miopática .

Escoliose degenerativa: Bem possível se desenvolver na fase adulta, ocorre uma lateralização da coluna devido à degeneração da vértebra. Também conhecido como escoliose adulta.

Escoliose Idiopática; a mais comum forma de escoliose encontrada. O que freqüentemente se desenvolve da adolescência e progride no surto de crescimento purberal.

É importante observar que a escoliose idiopática normalmente não é uma causa de dor nas costas. Naturalmente, as pessoas com escoliose podem desenvolver dores nas costas, assim como a maioria adulta também podem desenvolver estas dores. No entanto não se confirma que pessoas com escoliose idiopática têm mais probabilidade de desenvolver dores nas costas do que o resto da população, uma vez que o corpo se adapta a condição, mas, sobre tudo é importante identificar as estruturas alteradas pro ela.

Relacionando o grau da angulação da escoliose e o tratamento correspondente, temos:


 1) 0 à 10 graus: não há necessidade de tratamento fisioterápico.
 2) 10 à 20 graus: há necessidade de tratamento fisioterápico.
 3) 20 à 30 graus: tratamento fisioterápico e uso de colete ortopédico o de Milwakee.
 4) 30 à 40 graus: uso do colete ortopédico ou Milwakee.
 5) 40 à 50 graus: somente tratamento cirúrgico.






Diagnóstico da escoliose:

Para diagnosticar pede-se que o paciente incline-se para frente e observa-se a coluna vertebral por trás, pois a curvatura anormal pode ser mais facilmente visualizada nessa posição. A radiografia ajuda a confirmar o diagnostico.





Tratamento

O tratamento controle da escoliose idiopática é complexo e determinado pela severidade da curvatura, maturidade do esqueleto e probabilidade de progressão.
As opções são:
Fisioterapia - RPG , uso de palmilha, orientações entre outras técnicas.
Colete ortopédico
Cirurgia - em casos mais graves.

Procure sempre uma orientação de um profissional da saúde, não espere que a criança ou adolescente atinja graus irreversíveis do quadro de escoliose idiopática.









Cotovelo do Tenista - Epicondilite Lateral



Epicondilite Lateral ou Cotovelo do Tenista, recebe este nome devido à grande proporção de jogadores de tênis apresentarem este quadro, mas devemos também ressaltar a incidência em pessoas que praticam outros esportes ou até mesmo aqueles que apenas executam sua função laboral e exigem demasiadamente do membro.


A Epicondilite Lateral ocorre mais comumente no tendão do músculo extensor radial do carpo (antebraço) em aproximadamente 2 cm abaixo da borda externa da articulação do cotovelo ou epicôndilo lateral do úmero. É considerada uma lesão de trauma cumulativa, que ocorre ao longo do tempo por uso repetitivo dos músculos do braço e antebraço.

Tem se chegado a conclusões que as dores crônicas de cotovelo se classificam como tendinopatia em vez de tendinites.
A tendinopatia é um termo usado para descrever lesões no tendão por longo prazo ou uso excessivo e a deterioração do tendão, em vez de uma lesão aguda que causa a inflamação do tendão. A distinção é importante, pois a lesão causada pela tendinite é tratada de forma diferente à tendinopatia. A tendinite responde com maior rapidez ao tratamento, já a tendinopatia por se tratar de uma degeneração do tendão, pode necessitar de um tempo maior de tratamento, pois vai demandar uma reconstrução tecidual e fortalecimento da região afetada.


Nos esportes de raquete, o uso dos músculos extensores do antebraço, especialmente o extensor Curto do carpo, juntamente com o impacto repetitivo pode aumentar o risco do desenvolvimento da lesão cotovelo de tenista. Outros fatores que podem contribuir incluem a falta de força, deficiência na técnica e aumento da duração ou intensidade do jogo. Ainda há uma preocupação com a tensão da raquete, levando a forças superiores de impacto sobre os músculos do antebraço, o que pode aumentar a tensão sobre os tendões.







A articulação do cotovelo é composta por três ossos; o osso do braço (Úmero) e dois do antebraço (rádio e Ulna). Há protuberâncias nas faces lateral e medial do cotovelo denominados epicôndilos, onde se inserem músculos tendões e ligamentos .
A epicondilite lateral (cotovelo do tenista) envolve músculos e tendões do antebraço. O tendão que normalmente se envolve nesta lesão é o Extensor Radial Curto do Carpo (ERCC).







Sinais e Sintomas


- Dor na face lateral do cotovelo, aproximadamente 1 - 2 cm da superfície óssea.
- Fraqueza no punho com dificuldade em realizar tarefas simples, como abrir uma maçaneta de porta ou apertar a mão de alguém.
- Dor na face externa do cotovelo quando a mão é dobrada pra trás (extensão) no punho contra resistência.
- Dor na face externa do cotovelo ao tentar endireitar os dedos contra resistência.
- Dor ao pressionar (palpação), logo abaixo do epicôndilo lateral.


Outras lesões e condições com sintomas semelhantes:
Os sintomas desta lesão são muito semelhantes ao encarceramento do nervo radial.
É importante ter a cervical (pescoço) examinado com critérios. Pois esta região é de grande importância na que diz respeito à inervação dos membros superiores.


Causas

Esta lesão é geralmente causada por uso excessivo ou esforço repetitivo causado por extensão repetida (flexão para trás) do punho contra resistência. Isto pode ser de atividades como tênis, badminton ou squash, mas também é comum após períodos de uso excessivo de punho no dia-a-dia.

Exames

- O mais importante é concluir o diagnóstico e descartar outras patologias que por ventura se assemelham aos sintomas.

Rx

- Ë necessário pois pode-se através deste exame descartar ou concluir a presença de artrite no cotovelo
.
Ressonância magnética (RM)

- Ë uma boa referência para se avaliar a coluna cervical e observar o grau de comprometimento deste segmento nos sintomas referidos. Como a Hérnia discal ou artrite , ambos referem dor no braço.


Eletroneuromiografia (EMG)


- Este exame é ótimo para descartar compressão de inervação do membro afetado.


Cuidados Imediatos

- Aplicar gelo local, (dependendo do quadro até 4 vezes ao dia por 15 minutos). Isto ajudará a reduzir a dor e a inflamação de estiver presente.
- Descanso, um componente extremamente importante na cura desta lesão.
-
Usar uma cinta - brace (se possível), para proteger o tendão enquanto cura e fortalece, especialmente quando retornam ao esporte. A cinta não deve ser colocada sobre a área dolorosa, mas sim cerca de 10 cm abaixo do antebraço. Tal como acontece nas lesoes dos tecidos moles.



- Um programa de reabilitação deve ser estabelecido o quanto antes com o Fisioterapeuta.
  
Tratamento


Cerca de 80% a 95% dos pacientes tem sucesso no tratamento não cirúrgico.
Objetivos na Reabilitação
- Reduzir a dor e inflamação
- Identificar as possíveis causas da lesão
- Alongamento e fortalecimento
- Retorno gradual ao esporte ou atividade laboral.

sábado, 8 de outubro de 2011

Entendam a Ruptura do Tendão do Calcâneo (Tendão de Aquiles)

lesão da Ruptura do tendão do Calcâneo (ou tendão de Aquiles), vamos entender sua estrutura, a lesão e o procedimento de reabilitação.

O tendão de Aquiles é um tecido fibroso que liga o calcanhar aos músculos da panturrilha (tríceps sural) , considerado estrutura nobre do movimento, pois é o único responsável direto na função de abaixar o pé (flexão plantar), movimento o qual se faz no momento da impulsão da marcha, corrida, salto. Chegando a suportar de 3 a 12 vezes o peso corporal de uma pessoa durante um sprint ou movimento de empurrar.

Os tendões são fortes, cordões resistentes do tecido conjuntivo fibroso inelástico, que liga o músculo ao osso. Os tendões são constituídos de células alongadas, tendo como base mínima de fibras colágenas. Cada fibra colágena esta organizada em fascículos que contém pequenos vasos sanguíneos e fibras nervosas.


Por se tratar de um tendão de pouquíssima vascularização, ele sofre em alguns casos uma degeneração típica deste tendão, muitas vezes não apresentando sintomas ao longo do tempo, resultando numa ruptura drástica e completa desta estrutura. Ourtas causas podem ser a Overuse , desalinhamento do tendão, calçados impróprios, efeitos colaterais de medicamentos (Certos antibióticos podem aumentar ligeiramente o risco de uma ruptura), acidentes diretos ou indiretos que forcem uma extensão brusca do tendão, como o movimento de levantar a ponta do pé (dorsi-flexão), tendinite ou tendinoses, atletas de final de semana, músculos que não estão preparados para determinada carga.

Esta ruptura é mais comum em indivíduos com idade entre 30 e 50 anos. Os sintomas são referidos de maneira repentina, ouve-se um estalo (muitos se referem como se tivesse levado uma pedrada) seguido de uma dor aguda, geralmente a dor aguda passa logo, restando uma dor na parte de trás da perna. Após a lesão instalada, os sintomas mais comuns são: Incapacidade de ficar na ponta do pé. Caso o tendão estiver completamente rompido, sente-se um espaço vazio logo acima da parte de trás do calcanhar. No entanto se houver edema ( inchaço) pode disfarçar. Se houver qualquer suspeita de ruptura do tendão de Aquiles, o melhor é se consultar um médico com urgência, pois sua cicatrização tem uma potencialidade quando se trata precocemente.





 Tratamento                                                                                                                                               


Existem duas opções para o tratamento. Uma opção é o procedimento cirúrgico para reparar o tendão. O cirurgião costura as pontas rasgadas do tendão de Aquiles e talvez possa usar outro tendão ou um enxerto para ajudar no reparo. Um gesso ou órtese é necessário após a cirugia. 

A outra opção é o tratamento conservador, imobiliza-se o tendão dando tempo a cicatrização espontânea, descansando num molde de gesso ou brace. Se o tendão não curar por si próprio pode-se fazer uma cirurgia tardia. 
O mais indicado para o individuo jovem ou atleta é a primeira opção, o método cirúrgico, lhe proporcionara maiores condições de reforço e retorno as atividades. 
A segunda opção, à conservadora é indicada a indivíduos idosos ou aqueles que não desejam se submeter à cirurgia.

A princípio ambas as opções se fazem necessárias o molde de gesso, muletas e repouso durante cerca de oito semanas (este tempo depende da técnica utilizada pelo cirurgião e do sucesso da cirurgia), mas nesse período deve-se iniciar o trabalho do fisioterapeuta, a fim de evitar danos posicionais da imobilização.
Mas há uma técnica cirúrgica chamada Percutânea, que utiliza cortes menores do que a cirurgia tradicional. Este parece reduzir o risco de infecção na ferida (um dos maiores riscos no pós operatório).

Geralmente o prognóstico é bom. No entanto obedece a individualidade fisiológica do individua, num prazo de 6 a 8 semanas, sua reabilitação envolve uma série de pontos traçados pelo Fisioterapeuta como; função articular e muscular, força muscular, descarga de peso, deabulação (caminhar sem muletas) propriocepção (equilíbrio e estabilidade), dependendo da reabilitação e do paciente, este trabalho varia de 4 a 12 meses para o retorno seguro ao esporte.
Caso não obedeçam alguns critérios essenciais na reabilitação, o paciente pode colocar tudo a perder e se fazer necessária uma nova cirurgia, esta lhe custaria uma recuperação mais penosa.

Acesse o vídeo abaixo e veja o momento da lesão da Ruputura do Tendão de Aquiles do jogador Beckham do Milan.


 

Lesão no Menisco do Joelho

existem dois meniscos no joelho ligados ao osso da tíbia, ambos com formato em cunha, sendo que o menisco medial (na parte interna )encontra-se em forma de "C" e o lateral (na parte externa) em formato oval. Sua estrutura é uma cartilagem esbranquiçada com pouquíssima vascularização, apresentando apenas na parte externa alguns vasos sangüíneos. Característica esta que dificulta e muito a cicatrização de lesões no menisco. Outras estruturas do joelho também são associadas a esta lesão. O ligamento colateral Medial (LCM) está intimamente ligado ao menisco medial, uma vez lesionado este ligamento, o menisco é acometido. Já o ligamento Colateral Lateral (LCL) corre por fora, não tem apego ao menisco lateral. Mas o ML é anexo ao músculo poplíteo, este cobre o a parte posterior (de trás) do joelho e auxilia a desbloqueá-lo em uma posição totalmente estendida (esticada). Não é incomum para o Menisco Medial (MM) ocorrer lesões juntamente com Ligamento Cruzado Anterior (LCA)e o ligamento colateral Medial (LCM) estas três lesões ocorrendo simultaneamente é conhecida como a "Tríade Infeliz".


Função



Os meniscos do joelho têm várias funções. Em primeiro lugar, os meniscos servem para dar congruência ao nível de articulação do joelho. A parte superior da tíbia (osso da perna ) é plana, e como resultado, não fornece superfície estável para a articulação do fêmur (osso da coxa). Os meniscos proporcionam uma leve profundidade para esta superfície da tíbia, que por sua vez serve para as extremidades do fêmur na articulação.
Os meniscos também atuam como amortecedores no joelho. Eles fornecem amortecimento das forças dirigidas para cima ou para baixo até o joelho. Isso pode diminuir a carga suportada pelas articulações dirigidas a coluna vertebral, pélvis, quadril e bem como do tornozelo e do pé.
A nutrição da articulação do joelho é igualmente assistida pelo menisco. Isso é extremamente importante, pois a cartilagem normalmente não tem fornecimento de sangue (como descrito acima) para se alimentar (exceto para a parte mais externa 1/3 da cartilagem).

Lesões

Lesões do menisco são comuns no esporte e em atividades que envolvam movimentos de torção no joelho. É importante notar, contudo, qual a localização, dimensão e tipo da lesão, pois estes dados afetam a cicatrização da lesão. Lembrando que, lesões na borda externa do menisco normalmente curam-se melhor, devido ao bom suprimento de sangue, enquanto uma grande lesão na parte central pode se tornar um grande problema, pois a cartilagem não é verdadeiramente regenerada.
Um menisco rasgado ou lesado causa dor leve a grave (principalmente quando o joelho é esticado) dependendo da extensão da lesão. Dor é comum quando um fragmento do menisco rasgado encontra-se solto no interior da articulação entre o fêmur e a tíbia. O inchaço (edema) é comum, no momento da lesão, mas pode desenvolver-se horas mais tarde quando os tecidos comuns inflamarem. Frequentemente, uma lesão no menisco provoca estalido ou "pop", o joelho também pode travar, ou sentir-se fraco. Se a lesão for pequena, esses sintomas podem desaparecer ao longo do tempo e sua reabilitação na fisioterapia trancorre de maneira tranqüila, mas lesões de menisco podem ser necessárias intervenções cirúrgicas.


Fiquem atentos aos sintomas clássicos de uma lesão do menisco;


- Dor no joelho
- Inchaço (edema) no joelho
- Leve clique ou "pop" no joelho
- Limitação na articulação do joelho (joelho travado)


Diagnóstico
O exame clinico como sempre é fundamental para iniciar um tratamento. Sendo mais importante que a técnicas usadas da reabilitação da lesão, é diagnosticar a lesão e definir o tratamento ideal. Anamnese bem detalhada da história da lesão, seguida de testes clínicos;

Teste de Apley, teste de McMurray por exemplo conseguem dar um panorama claro da lesão, mas lembrando que o exame de imagem como a ressonância magnética (RM) fecha o diagnostico de lesão no menisco.











Tratamento


Cada lesão é única no que diz respeito a estruturas envolvidas, dependendo muito do mecanismo do trauma, a extensão dos danos e a biomecânica do paciente. O fisioterapeuta deve estar atento as orientações gerais de tecidos moles envolvidos na fase aguda inicial, outros protocolos podem ser seguidos, mas não entrarei a fundo neste âmbito, pois não existe uma receita e sim o bom senso e a competência do profissional responsável (Fisioterapeuta).

Artroscopia - hoje em dia este procedimento é feito para tratar a cartilagem do menisco lesionado, em reconstrução do LCA e microfraturas da cartilagem. 
Durante uma artroscopia comum, o endoscópio é inserido na articulação através de uma pequena incisão. Um fluido especial é usado para visualizar as estruturas da articulação.
A recuperação pós artroscopia é bem mais rápida se comparada a uma cirurgia convencional. A maioria dos pacientes podem retornar para casa usando muletas ainda no mesmo dia ou após 24 hs . Possibilitando o início da reabilitação com maior segurança e melhores resultados. Não é incomum que atletas acima da condição física normal retornem a atividade esportiva em algumas semanas.


Acessem ao video abaixo e assistam a animação de uma artroscopia em um menisco lesionado;


Entenda o Edema ósseo



Muitas vezes nos deparamos com o noticiario esportivo; O atleta está afastado das atividades por período indeterminado, devido a uma lesão, no exame de ressonância magnética nuclear (RMN) foi detectado " Edema Ósseo". Aí você se pergunta; - Mas como assim, o osso incha?
Hoje vamos entender melhor esta lesão.


Revisão Anatômica


O osso é formado por matriz óssea e por células, sendo estas os osteócitos, que situam-se dentro da matriz óssea, os osteoblastos que produzem a parte orgânica da matriz, e os osteoclastos que participam da remodelação óssea. Suas funções se estabelecem em proteção dos órgãos internos, tais como cérebro e órgãos torácicos. Apoio para músculos como se fosse uma moldura para manter a sustentação corpórea. Produção sanguinea através da medula óssea que está na cavidade óssea, através do processo chamado hematopoiese. Reserva de minerais, principalmente cálcio e fósforo. Funcionamento conjuntamente com articulações e os músculos esquelético e tendões para permitir o movimento. Mantém o equilíbrio ácido-base funcionando como tampão absorvendo sais alcalinos.
O osso cortical é formado por lâminas ósseas paralelas e extremamente próximas entre si, constituindo uma substância dura e compacta que confere resistência ao osso. Em termos gerais, este osso é responsável pela formação de uma camada exterior de espessura variável, por sua vez revestida por uma membrana resistente denominada periósteo.
O osso trabecular é muito menos espesso, já que é formado por lâminas ósseas irregularmente dispostas nos vários sentidos, deixando espaços livres entre si, ocupados pela medula óssea encarregada de elaborar as células sanguíneas. Observado ao microscópio, este osso tem um aspecto poroso, semelhante ao de uma esponja. Contudo, existem setores de alguns ossos, como acontece na cabeça do fêmur, em que as trabéculas adotam uma disposição específica determinada pela força de tração a que o osso se encontra submetido, o que lhe confere uma maior resistência.

Diagnóstico

A contusão óssea é um diagnóstico relativamente recente e surgiu com a maior investigação feita após contusões e lesões nos atletas com o exame de ressonância magnética nuclear.
Com o aumento do uso da ressonância observou-se que alguns pacientes com lesões nos ligamentos articulares muitas vezes apresentavam sinais de edema interósseo, esse edema é causado pela ruptura de algumas trabéculas ósseas.
A região metafisária (região próxima as articulações nos ossos longos como o fêmur e a tíbia) tem uma grande quantidade de trabéculas óssea. Rompendo somente algumas trabéculas o osso não perde a forma e não mostra uma fratura na radiografia simples. Essa é uma causa freqüente de dor crônica periarticular pós contusão. Essas lesões ocorrem em atletas e não atletas. Portanto podemos considerar que se trata de uma microfratura óssea.

Causas
Dentre as causas no esporte podemos destacar sendo como resultado de um trauma direto (pancada), trauma indireto (entorse, entre outros) ou por estresse (overuse/overtrainng).
Ainda podemos classificar como causas doenças cardíacas, hepáticas, hipotireoidismo e obstrução venosa ou linfática.

Tratamento















O tratamento consideravelmente se dar em semanas. Envolve a suspensão das atividades que causam dor, preservando assim o membro afetado. Tratamento fisioterápico e uso de medicamentos anti-inflamatórios.

Condromalácia Patelar



A condromalácia patelar caracteriza-se pela alteração da composição da cartilagem patelar, que forma a cápsula posterior da patela, amolecimento ou desgaste da cartilagem. A rugosidade ou danos podem variar de leves a severos. O paciente refere dor intensa ao redor ou atrás da patela.



Tem se mostrado uma condição bastante comum entre jovens adultos, principalmente do sexo feminino, observado após um "pico" de crescimento, onde ocorre mudança brusca do ângulo Q. (Este angulo, É importante em estabelecer a biomecânica no membro inferior. É uma medida entre o músculo do quadríceps e o tendão patelar. Fornecendo informações úteis sobre o alinhamento da patela. Em breve estarei detalhando o angulo Q, em um texto dedicado a ele.)
A condromalácia patelar pode ser gerada a partir de uma lesão aguda da patela devido um desalinhamento da patela em relação ao sulco do côndilo femural, onde ocorre uma fricção entre a mesma e a articulação do fêmur pra mover o joelho, causando erosão na carilagem articular da patela. Existem fatores que predispõem à doença como: trauma, excesso de peso, sinovite, desalinhamento prolongado do mecanismo extensor (como foi dito anteriormente), pronação do pé, patela superiorizada (alta), subluxação patelar, antecedentes genéticos, anomalias congênitas da patela, entre outros.
Os principais sintomas são observados quando a pessoa sente dor profunda no joelho ao subir e descer escadas, ao levantar-se de uma cadeira, ao correr, muitas vezes restringindo atividades físicas. Dores atrás ou ao redor da patela, ocorrem principalmente quando o joelho é flexionado - como ao subir escadas ou agachar-se, por exemplo. Uma ardência ou dor ao ficar com o joelho flexionado por longos períodos, mesmo sem forçá-lo, também é um sintoma comum na condromalácia patelar, além de crepitação e estalos, muitas vezes audíveis. É possível também a presença de derrame intra-articular (edema).


A condromalacia patelar é classificada em GRAUS E CARACTERÍSTICAS;




Grau I - amolecimento da cartilagem e edemas
Grau II - fragmentação de cartilagem ou fissuras com diâmetro menor que 1,3cm diâmetro
Grau III - fragmentação ou fissuras com diâmetro maior que 1,3cm
Grau IV - erosão ou perda completa da cartilagem articular, com exposição do osso subcondral.


                                   



DIAGNÓSTICO
Para encontrar um diagnóstico preciso, é necessário a avaliação ser conduzida em testes específicos e exames. Muitas vezes é importante descartar outros porblemas relacionados com uma dor semelhante, para isto o exame de sangue e raio X do joelho, podem afastar alguns tipos de artrite ou inflamações.

Raio X .
RM - ressonância magnética, mostra detalhes da articulação e pode-se evidenciar muitos casos de condromalácia.


Testes específicos Teste de compressão patelar. Sinal de Clarke Teste de Perkin Teste de Waldron Dentre outros testes ortopédicos para o joelho.E exames clínicos estáticos e dinâmicos. Analisando postura, alinhamento dos menbros inferiores, a marcha e a biomecânica do joelho em situações que desacerbam a dor.TRATAMENTOEm primeiro lugar deve-se entender que a condromalacia varia de acordo com sua evolução em graus e assim obedece a intervenção no tratamento. Se seus joelhos apresentam algum sinal de dor, nunca inicie qualquer atividade físicas antes de procurar orientação profissional. Uso de gelo, imobilização parcial do joelho e repouso ajudam a combater o quadro doloroso agudo.Fisioterapia   Analgesia O alinhamento da patela, ataravés de exercicios isometricos E alongamentos Medicamentos - prescritos pelo médico. Cirurgia - em casos graves desta doença, o qual o tratamento conservador , fisioterapia, não consegue obter êxito.



Imagens




         

A Dor Ciática


Dor ciática, O nervo ciático vai desde a coluna lombar até os pés, passando pela parte posterior (de tráz) das coxas. Ele permite o movimento dos músculos das pernas e é responsável pelas sensações.
A chamada ciática, ou dor ciática, é a dor causada pela inflamação do nervo ciático, ou pela pressão da coluna sobre o nervo. Às vezes o funcionamento do nervo pode ser afetado, o que provoca fraqueza na perna ou sensação de formigamento. A ciática pode aparecer junto com a "dor nas costas" ou não, e a dor pode se refletir para a perna. A ciática é geralmente causada pela compressão da raiz do nervo na espinha lombar, e bem menos comum pela compressão do próprio nervo ciático.






Desta forma, a "verdadeira ciática" é causada pela compressão na raiz do nervo por uma hérnia de disco.
A "pseudo-ciática" ou "falsa ciática" é causada pela compressão de seções mais periféricas do nervo, geralmente através de tensão de tecido mole no piriforme ou outro músculo relacionado. Hábitos posturas não-saudáveis, como ficar tempo excessivo sentado em cadeira ou dormir em posição fetal, juntamente com alongamento e exercício físico insuficiente das áreas miofasciais relevantes, o hábito de realizar caminhadas em terrenos acidentados com frêquentes subidas e descidas, podem ocasionar problemas vertebrais e no tecido mole associados à ciática. Outras causas da ciática incluem infecções e tumores.






A síndrome do piriforme se refere à inflamação do nervo ciático, quando o músculo pririforme bloqueia sua passagem.
O músculo Piriforme, localizado na região profunda do glúteo médio, realiza a rotação externa do quadril e abdução (abertura da perna) o nervo ciático que se origina na coluna e seu trajeto por todo menbro inferior (pernas), passa por dentro deste músculo.
Quando ocorre um bloqueio muscular impedindo a passagem de nutrientes e sangue para o N. Ciático, este, começa a referir dor, provocando assim, uma proteção automatica do nosso organismo pelos anticorpos que a esta altura é benéfica ao organismo, protegendo o N. Ciático com um processo inflamatório, mas com o tempo esta inflamação prejudica a passagem dos nutrientes benéficos e isto compromete o bom funcionamento das célualas nervosas, causando fortes e agudas dores na lateral da perna com possibilidade e transferir-se para a outra perna se não tratada adquadamente, por uma séries de fatores, a compensação é uma delas.


É necessário que o paciente procure um profissional capacitado, faça uma avaliação criteriosa, afim de diagnosticar de maneira fidedigna a causa da dor ciática. Exames de imagem como Ressonância magnética, tomografia computadorizada são bem vindos na avaliação. Mas é necessário que se realiza testes funcionais como o Lasegue modificado, lasegue verdadeiro (teste ciático L4 - S3), teste de rotação, teste do Nervo Femural (L2 , L 3 , L4).

As técnicas utilizadas na fisioterapia são as mais diversas para este tratamento, procure um médico especialista e não espere que uma pequena dor nesta região interrompa sua qualidade de vida, cuide-se !!